Na Chapada do Araripe, Sertão de Pernambuco, a Compesa trabalha
para reativar os dois poços tubulares de maior profundidade do estado -
cada um tem mais de 900 metros de profundidade - e que estão
localizados no município de Bodocó. Foi necessário mobilizar uma equipe
especializada, equipamentos e maquinários, como guindaste e caminhão
munck, para colocar um dos poços em operação novamente, a partir de
amanhã (21), quando os serviços serão finalizados. Os trabalhos
realizados são de alta complexidade, semelhante à uma intervenção
realizada em poços de petróleo. A reativação permitirá que mil famílias
moradoras dos distritos de Né Camilo, Vila Francinete e Zé do Ouro, na
área rural de Bodocó, além de Serrolândia, que fica em Ipubi, voltem a
receber água nas torneiras, a partir da próxima semana.
A
Compesa investiu R$150 mil para reativar apenas um dos poços, que vai
fornecer a vazão de 40 metros cúbicos de água por hora. Só para a compra
de um novo conjunto de bombeamento foram destinados R$ 80 mil. Ainda
será necessário realizar a desobstrução da adutora para levar água até a
população. No sábado (22), os técnicos irão realizar um diagnóstico no
segundo poço - que possui uma vazão de 30 metros cúbicos de água por
hora - para levantar qual será o serviço de manutenção necessário para
reativá-lo. Com apenas um dos poços em operação, os distritos serão
atendidos inicialmente com o rodízio de sete dias com água e sete dias
sem o abastecimento.
A intervenção iniciou na última
terça-feira (18), com a retirada 450 metros de tubulações de ferro -
que compõe a coluna edutora do poço - e do antigo conjunto de
bombeamento, para substituir pelo novo equipamento. Com a ajuda de um
guindaste e outros maquinários, a coluna edutora, que pesa em torno de
13 toneladas, foi reinstalada a 400 metros de profundidade do poço.
"Essa região concentra um dos maiores polos gesseiros do país,
fato que interfere diretamente na qualidade da água encontrada em poços
rasos. Por isso, a necessidade de se operar poços profundos para poder
oferecer água dentro do padrão exigido para o consumo humano", explica o
gerente de Unidade de Negócios da Compesa, João Virgílio Lima,
lembrando que a Compesa passou a operar os poços de Serrolândia no ano
de 2013.
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