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Seu Lourival não abre mão do casaco e do cachecol nos dias frios no Sertão (Foto: Reprodução / TV Grande Rio) |
“Principalmente esse ano de 2017 é um frio que há muitos anos não se via. E esse ano o frio chegou com vontade. Nós moramos em uma região quente, que é o Sertão de Pernambuco, e quando o frio chega nem todo mundo está preparado para conviver com ele. Faz muitos anos que não faz um frio assim”, conta o agricultor Antonio Viana.
A mudança brusca no clima foi suficiente para que o sertanejo passasse a
utilizar algumas peças que estavam esquecidas dentro do guarda-roupas.
“Faz tempo que eu comprei eles. Essa blusa mesmo eu não usava todo dia
não. Agora tem que vestir todo dia para passar metade do frio”, diz o
agricultor Lourival Manoel do Nascimento, referindo-se ao casaco e ao
cachecol que viraram companheiros inseparáveis nesses dias frios.
Na cidade de Araripina, o frio veio acompanhado de fortes ventos. A
ventania chegou a derrubar as paredes de uma igreja que estava em
construção. Felizmente, ninguém se feriu. “[O vento] É forte, muito
forte, de fazer medo", afirma a agricultora Maria José Pereira de Melo.
Em cima da Chapada do Araripe, a velocidade do vento pode variar de 35 a
70 quilômetros por hora. Todo esse potencial chamou a atenção de uma
companhia de energia renovável, que instalou na região um dos maiores
complexos eólicos da América latina. São 156 torres, espelhadas por uma
área que fica entre os estados de Pernambuco e Piauí.
“Nós temos aqui hoje um dos maiores complexos da América latina, com
uma capacidade de geração de 358 megawatts, que transformaríamos em 358
mil quilowatts. Essa é uma energia que tem capacidade de abastecer de
400 a 500 mil residências pelo período de enquanto tivermos esse vento
soprando e passando por todas as nossas torres”, explica Áldrin Borges,
gerente de implantação do complexo eólico.
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O vento forte do Sertão do Araripe está sendo usando como fonte de energia (Foto: Reprodução / TV Grande Rio ) |
* Com informações de Paulo Ricardo Sobral , TV Grande Rio
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