A recém-inaugurada Unidade de Pronto Atendimento Especializado (UPAE) contempla onze cidades da região.
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Bebês com microcefalia tem acesso à tratamento especializado em Ouricuri. (Foto: Ivo Ferraz/ TV Grande Rio) |
A dificuldade de acesso à profissionais que atendam as demandas de
bebês com microcefalia tem sido um obstáculo para muitas famílias do
Sertão do Araripe. Tentando mudar essa realidade, a recém-inaugurada
Unidade de Pronto Atendimento Especializado (UPAE), em Ouricuri, no
Sertão de Pernambuco, pretende evitar que essas famílias enfrentem
grandes deslocamentos para garantir o tratamento especializado.
O atendimento na UPAE é realizado todas as terças e quintas-feiras, nos
turnos da manhã e da tarde, e, além do acompanhamento médico, conta com
o trabalho de fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e
psicólogos. A unidade atende os onze municípios que integram o Sertão
do Araripe: Ouricuri, Araripina, Bodocó, Exu, Granito, Ipubi,
Moreilândia, Parnamirim, Santa Cruz, Santa Filomena e Trindade.
De acordo com o setor administrativo da UPAE, a descentralização do
atendimento é uma forma de garantir a reabilitação e a estimulação
precoce dos bebês com microcefalia, auxiliando no seu desenvolvimento.
Dados da microcefalia
No final de 2015, o governo brasileiro decretou situação de emergência
na saúde pública por conta do aumento nas notificações de casos de
microcefalia. Desde o início deste ano até o mês de março, foram
notificados, no Brasil, 165 casos de microcefalia e outros distúrbios
causados pelo vírus da Zika, transmitido pelo mosquito aedes aegypti,
que também é transmissor da dengue e da febre chikungunya.
Em Pernambuco, entre 2015 e 2016, 407 casos de microcefalia foram notificados no estado. De acordo com dados das Secretaria Estadual de Saúde (SES), até 25 de fevereiro deste ano, foram 43 notificações de síndrome congênita do vírus zika, sendo em média 21,5 casos por mês. Em 2016, a média mensal foi de 91,4.
Em todo o Sertão, entre agosto de 2015 a agosto de 2016, foram 27 casos de microcefalia confirmados. A região do Sertão do Araripe contabilizou, desde 2015, 106 casos suspeitos da síndrome. Desses, 18 foram confirmados.
Em Pernambuco, entre 2015 e 2016, 407 casos de microcefalia foram notificados no estado. De acordo com dados das Secretaria Estadual de Saúde (SES), até 25 de fevereiro deste ano, foram 43 notificações de síndrome congênita do vírus zika, sendo em média 21,5 casos por mês. Em 2016, a média mensal foi de 91,4.
Em todo o Sertão, entre agosto de 2015 a agosto de 2016, foram 27 casos de microcefalia confirmados. A região do Sertão do Araripe contabilizou, desde 2015, 106 casos suspeitos da síndrome. Desses, 18 foram confirmados.
Microcefalia
A criança com microcefalia apresenta a cabeça e o cérebro menores do
que o normal. Os sintomas apresentados são atraso mental, deficit
intelectual, paralisia, convulsões, entre outros. A malformação
congênita pode ter diversas causas e ser originada de vírus, bactérias
ou radiação. No Brasil, o aumento no número de casos da síndrome é
relacionado ao vírus da Zika.
A microcefalia não tem cura, porém existem métodos que possibilitam uma melhor qualidade de vida para o bebê. O diagnóstico pode ser feito durante a gravidez, por meio dos exames de pré-natal.
A microcefalia não tem cura, porém existem métodos que possibilitam uma melhor qualidade de vida para o bebê. O diagnóstico pode ser feito durante a gravidez, por meio dos exames de pré-natal.
Por G1 Petrolina, Ouricuri
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