Segundo denúncia feita ao órgão, empresa, que recebeu R$ 92 mil para construir uma praça, seria de um casal amigo de um ex-prefeito da cidade.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) investiga um contrato da
Prefeitura de Exu, no Sertão do estado, com uma suposta empresa fantasma
para construção de uma praça no monumento de Luiz Gonzaga, localizado
às margens da BR-122. Pela obra, o executivo municipal pagou R$
92.555,33.
O estabelecimento seria da esposa de um amigo de um ex-prefeito da
cidade e teria vencido a licitação na modalidade convite, procedimento
em que o governo escolhe três empresas para executar o serviço e há uma
“disputa” entre elas.
Segundo o site Tome Conta, do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE),
a empresa assinou 28 contratos com a prefeitura, tendo recebido R$
637,9 mil. Todos foram fechados na modalidade convite ou por
inexigibilidade. Os serviços envolvem obras e contratação de artistas para festividades municipais.
Em 2017, a Prefeitura de Exu pagou R$ 44,7 mil à empresa pela locação
de palco, som, iluminação, banheiros químicos e seguranças no
aniversário do distrito de Timorante, que ocorreu no dia 16 de setembro,
e encerramento das festividades do padroeiro do distrito de Zé Gomes,
que ocorreu no dia 23 do mesmo mês. Pela contratação de atrações,
desembolsou mais R$ 6 mil.
Um ano antes, o executivo municipal havia pago R$ 19 mil pela
estrutura das mesmas festas e R$ 55,5 mil para que o estabelecimento
contratasse artistas, questão também investigada pelo MPPE. Na festa de
ano novo a empresa teria contratado uma prima do prefeito Raimundo Pinto
Sobrinho.
Na Jucepe, a empresa consta como microempresa com capital social de
R$ 397 mil. Entre os trabalhos ofertados, aluguel de equipamentos,
atividades de publicidade, produção de espetáculos, obras de
urbanização, coleta de esgoto e manutenção elétrica.
Denúncias feitas ao MPPE dão conta ainda que o casal proprietário da
empresa seria beneficiado em contratos também com outra empresa, que tem
dez contratos com a prefeitura. Todos são na área de urbanização com
valores que vão de R$ 133 mil a R$ 360 mil.
A reportagem tentou ligar para os contatos disponíveis no site da
Prefeitura de Exu e enviou emails, mas não conseguiu contato. O blog
permanece aberto a posicionamentos posteriores.
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