Houve aumento de casos de dengue e da chikungunya. Já a Zika, teve queda nos registros.
![]() |
Combate as arboviroses no Sertão do Araripe — Foto: Reprodução/ TV Grande Rio
|
O município de Araripina está atento. É que com a pandemia do novo
coronavírus, muita gente deixou de lado os cuidados com o Aedes aegypti.
Os números de casos confirmados das arboviroses na região dispararam.
"Em 2019, nós tivemos em torno de 50 notificações para dengue e nós
tivemos confirmações de oito casos. Já no ano de 2020, nós tivemos mais
de 60 notificações, quase 70 notificações e já confirmamos mais de 20
casos de dengue. Com relação a chikungunya, nós não tivemos casos em
2019, mas tivemos 15 notificações e em relação a zika, nós tivemos uma
notificação, mas nenhuma confirmação também. Já no ano de 2020, com
relação a chikungunya, nós tivemos duas confirmações este ano. A gente
já vê uma diferença de perfil, onde não havia chikungunya confirmada e
zika, não tivemos confirmação e notificação em 2020", explicou a
secretária de saúde de Araripina, Roberta Falcão.
Segundo a secretária de saúde do município, as chuvas dos últimos meses
e o relaxamento da população com os cuidados, fizeram os números
disparar. Para tentar frear a proliferação do mosquito, equipes da
secretaria de saúde vão às ruas.
"Nossa equipe faz as visitas periódicas nas áreas, e, através dessas
visitas, é aplicado o larvicida, pulverizado em locais que apresentam
presença de larvas, e , quando há a presença de notificação de casos, e a
gente testa como caso positivo, a equipe de epidemiológica do município
faz o bloqueio com as bombas e uso dos inseticidas nas localidades e
nas regiões circunvizinhas desses locais que há casos positivos de
dengue", destacou Roberta.
O índice de arboviroses é alto nos 11 municípios que formam a IX
Gerência Regional de Saúde : Araripina, Bodocó, Exu, Granito, Ipubi,
Moreilândia, Ouricuri, Parnamirim, Santa cruz, Santa Filomena e
Trindade.
Foram 390 casos de dengue nos municípios cobertos pela nona geres de
janeiro a maio de 2019. E 758 no mesmo período deste ano. Um aumento de
quase 95 %. O número de chikungunya é ainda mais alarmante. O aumento
foi de 295 %. Foram 95 este ano e 24 no mesmo período do ano passado.
Na
contramão houve redução de 47% no número de zika na região. Foram 17
nos cinco primeiros meses de 2019 e 9 no mesmo período deste ano.
Em Exu, também houve aumento. Este ano o município registrou 25 casos
confirmados de dengue e 10 de chikungunya. Não há casos confirmados de
Zika. "Já foram realizados dois levantamentos, dois LIRAa, em que se
identificou os locais com o maior número de infestação predial e estamos
fazendo um trabalho de combate à dengue, junto, em paralelo, ao da
Covid-19", esclareceu a coordenadora de Vigilância em Saúde, Marla
Teixeira.
No último Índice de infestação predial realizado no município, Exu
estava em 3,8%, considerado médio risco. "Esse aumento, a gente
identifica pelo aumento da procura das pessoas, nas unidades de saúde.
Devido a existir a sub- notificação, por conta da população fazer
automedicação, identificar os sintomas já conhecidos, já não procurar a
unidade de saúde. Então, nosso trabalho vem sendo feito para pedir que a
população vá ao serviço de saúde, procure um médico, para que a gente
possa fazer o tratamento da dengue", concluiu Marla.
Por G1 Petrolina
Por G1 Petrolina
Postar um comentário